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Ibovespa recua e fecha no menor nível do ano até agora, puxado por Vale e Petrobras; dólar cai

A moeda norte-americana caiu 0,06%, cotada a R$ 4,9784. Já o principal índice acionário da B3 encerrou em queda de 0,75%, aos 126.124 pontos.



O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou em queda nesta segunda-feira (11). O movimento acompanhou um maior pessimismo vindo do exterior e acontece na esteira da menor demanda de minério de ferro por parte da China.


Além disso, investidores ainda repercutiram o pagamento de dividendos abaixo do esperado pela Petrobras. Hoje, o presidente Lula e o presidente da estatal, Jean Paul Prates, se reuniram para debater o tema.


O mercado também segue em compasso de espera pela divulgação de dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos amanhã, em busca de novas sinalizações sobre os juros nos dois países.


Nesse contexto, o dólar também encerrou a sessão desta segunda-feira em baixa.

Veja abaixo o resumo dos mercados.


Dólar


Ao final da sessão, o dólar recuou 0,06%, cotado a R$ 4,9784.

Com o resultado, acumulou:


  • queda de 0,06% na semana;

  • ganho de 0,12% no mês;

  • e avanço de 2,59% no ano.


Na última sexta-feira (8), a moeda norte-americana teve alta de 0,97%, cotado a R$ 4,9816.


Ibovespa


Já o Ibovespa fechou com um recuo de 0,75%, aos 126.124 pontos, no menor patamar do ano até agora.


Diante da menor demanda da China por minério de ferro e da queda dos preços da commodity no exterior, as ações da Vale recuaram mais de 3% e figuraram entre as maiores baixas da sessão.


Já as ações da Petrobras, que também têm participação relevante no índice, inverteram o sinal positivo do início do dia e recuaram mais de 1%.

Com o resultado, acumulou:


  • queda de 0,75% na semana;

  • recuo de 2,24% no mês;

  • e baixa de 6,01% no ano.


Na sexta, o índice teve queda de 0,99%, aos 127.071 pontos.


O que está mexendo com o mercado?


O destaque deste pregão ficou com as preocupações vindas da China, com a queda na demanda pelo minério de ferro em meio a uma atividade mais fraca na segunda maior economia do mundo.


Por se tratar de um dos principais consumidores da commodity, quando a demanda pelo produto cai na China, a tendência é que o preço do minério de ferro passe por uma desvalorização em todo o mundo — o que está acontecendo hoje, com uma queda de cerca de 7%.


Essa baixa nos preços impacta diretamente as empresas exportadoras da commodity, caso da Vale, empresa com maior peso na composição do Ibovespa. Assim, toda a bolsa brasileira também é afetada.


Em contrapartida, ainda na China, um dado ajudou a amenizar o pessimismo dos investidores: após meses de baixa, a inflação ao consumidor do país voltou a subir e registrou alta de 0,7% em fevereiro. Isso traz a expectativa de que a economia possa estar ensaiando uma recuperação, já que o aumento dos preços está relacionado ao aumento do consumo entre a população.


A inflação também é o principal tema da semana no Brasil e nos Estados Unidos, que divulgarão seus índices de preço aos consumidores nesta terça-feira (12). Com esses números, o mercado espera ter uma visão mais clara sobre quais serão os próximos passos dos bancos centrais dos dois países.


No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC vem seguindo um ciclo de corte na Selic, taxa básica de juros, em um cenário de inflação mais controlada e dentro das metas. Atualmente, a taxa Selic está em 11,25% ao ano.


Já nos Estados Unidos, o mercado ainda tem muitas dúvidas sobre quando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deve iniciar seus cortes nas taxas de juros, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano.


Ao longo da semana, outros dados serão divulgados, como inflação ao produtor e índice de confiança dos consumidores nos Estados Unidos.


Além disso, no Brasil, hoje o presidente Lula conversa com o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, e o mercado aguarda novas sinalizações sobre a petroleira.

Na última sexta, as ações da companhia despencaram após o anúncio de pagamento de dividendos decepcionar os investidores e a companhia perdeu mais de R$ 55 bilhões em valor de mercado.


Em entrevista ao Estúdio i, da GloboNews, Prates afirmou que a decisão de não distribuir dividendos extraordinários aos acionistas não partiu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e reiterou que os recursos que restaram de 2023 "não podem ser usados para outra coisa".


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